(Por José Manuel Francês)
Quando em determinada altura,numa das saídas de apoio sanitário, que na época fiz a partir da nossa saudosa M’PUPA , não me recordando quem era o Companheiro que comigo seguia nessa saída, encontrámos por acaso uma pequeno grupo que se preparava para montar o seu acampamento, cobrindo para tal as arvores que lhes iriam servir de tendas.
Apesar dos meus conhecimentos rudimentares do “Ganguela” que na altura me serviram e muito para conseguir contactar com os “meus doentes” e tentar amenizar algumas das enormes carências que encontrávamos, foi praticamente infrutifera a tentativa de conseguir desenvolver o contacto com esses pequenos, grandes homens, que estavam na nossa frente.
Pequenos,magros e ageis. Lembro alguns miudos e alguns animais que “faziam parte daquela(s) familia(s)! Recordo que num dos muitos aerogramas que na altura enviei, falei desse encontro, que teve algo de surpreendente e agradavel, pela diferença de porte e imagem em relação aos Ganguelas com quem privava diariamente
1 comentário:
Zé Manel,
Este povo marcou-nos a todos aquando da nossa passagem pelo Cuando - Cubango. Pelo que constato, a impressão daquela altura ainda hoje perdura.
Foi a supresa do contacto com um povo do qual nunca ouvimos falar e cuja existência desconhecímos; foi o misticismo da sua vivência; foram as histórias e as lendas que repetidamente nos contavam, mas sobretudo foi o contacto pessoal com essa gente que gravou na nossa memória de modo indelével todos os momentos que com eles passámos.
São bem rerecedores da nossa esitima e do nosso respeito.
Desejo ardentemente que sobrevivam muito para além dos tempos e conservem a sua cultura e existência ancestral.
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