sábado, 21 de janeiro de 2012

CONVÍVIO DA 3ª COMPANHIA - 4º CAPÍTULO

Por Fernando Moreira


« Cada legionário é o teu irmão de arma seja qual for a sua nacionalidade, a sua raça, a sua religião. Tu manifestarás sempre a estreita solidariedade que une os membros de uma mesma família. » (Art.2 Do Código do Leginário – LE)



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A frio, passadas as emoções de mais um encontro de amigos cujo ponto comum foi terem prestado serviço no Batalhão 4611/72, a maioria na 3ª. Companhia do mesmo, pese o facto de se encontrarem presentes amigos das outras companhias, fruto dos laços de amizade que se criaram “lá longe onde o sol castigava mais” e que o tempo tratou de fortalecer e consolidar ao longo destes anos, permitam-me algumas palavras;





Não procurarei dissertar sobre a alegria e as emoções do encontro/reencontro pois disso darão testemunho as fotos publicadas, e corria o risco de repetir anteriores “post”, tive antes a intenção de procurar, ou tentar, encontrar um porquê para tal.
 Procurei então a frio uma explicação para os laços que unem estes homens de proveniência vária e que acredito irem perdurar enquanto existir um deles com memória. Percorrendo alguns tópicos em demanda de uma explicação ou de uma pista, dei com um escrito num site sobre a Legião Estrangeira que no Artigo 2 do Código de Honra do legionário pode ler-se o seguinte:
Os dois comandantes da 3ª Companhia; Martins Correia e António Teixeira


« Cada legionário é o teu irmão de arma seja qual for a sua nacionalidade, a sua raça, a sua religião. Tu manifestarás sempre a estreita solidariedade que une os membros de uma mesma família. »
Talvez fosse por aqui; Irmandade…, solidariedade…, camaradagem…

Ramalho e...

Girão e Vítor Fernandes


Carlos Madeira e Figueira

Estes amigos demonstram claramente que gostam de estar uns com os outros pois tudo serve de motivo para se encontrarem de preferência numa “operação” improvisada à volta de um belo aperitivo em ambiente descontraído e informal, sendo normalmente o clima existente de amizade e cumplicidade e imperando uma convivência íntima e agradável entre todos.

Silva e António Elias




De um camarada também se pode dizer ser um amigo, um companheiro e se quisermos ir mais além… um irmão.
Esta camaradagem militar é muito mais enraizada pois foi ela que lá longe, permitiu que meninos/homens, muitos deles afastados pela primeira vez e de forma não natural do seu ambiente familiar, conseguissem fazer do quartel um segundo lar e se quisermos estender a malha, fazer dos superiores, pares e subordinados uma segunda família, e se calhar mais verdadeira em algumas circunstâncias, especialmente quando em operação se encontravam pressionados e em ambiente hostil.

Gente da 2ª Companhia e da C.C.S. (Veiga, Francês, Roriz e Malheiro

Luís Marques, Zé Francês e a Cristina Paiva Nobre


Da vida, às tradições comuns, à consciência da mesma missão; a defesa da Pátria, se necessário com o sacrifício da própria vida, à comunhão dos mesmos princípios e virtudes militares, e aos desafios do combate tudo contribuiu para que entre estes soldados/amigos um laço forte de amizade e cumplicidade se criasse e consolidasse.
Foi este sentimento, esta camaradagem, projectado num colectivo designado de Batalhão de Caçadores 4611/72, organizado sob um estandarte, e à volta de um lema: “Conduta Brava E Em Tudo Distinta”, que, julgo eu, leva todos os anos estes homens, vindos de vários pontos do país, a concentrarem-se, num convívio, continuando a manter a coesão de um grupo, a manterem o orgulho de terem servido com a sua juventude e os seus melhores anos, muitas vezes em condições infra-humanas, um país numa terra que a muitos pouco dizia ou nada, mas da qual também transportam uma enorme saudade.



Reencontramos nesta atitude um dos principais elementos de um corpo militar que devido às suas características se sobrepõe à vontade dos homens e ao tempo:
Chamam-lhe “Espírito de Corpo” e é este o espírito que há-de presidir aos encontros do Batalhão de Caçadores 4611/72, nomeadamente à 3ª Companhia, até que o último elemento teime em marcar presença na parada da vida pelos demais.

António Facas, Critina e Luís Marques

Não sei se será esta a resposta à minha pesquisa, foi a explicação que encontrei no caminho que percorri.
No entanto não queria terminar sem fazer referência à simpática presença da Cristina Paiva Nobre que tal como eu chegou a este grupo em demanda de um elo perdido no tempo. Infelizmente um acontecimento que marcou a 3ª. Companhia mas que acredito, tal como a lenda do renascimento das Fénix, que o José Paiva, ou melhor dizendo a sua memória, possa ter através da Cristina um renascimento entre os seus pares e marcar a sua presença no futuro.

Aos demais, meus AMIGOS, apenas reafirmo que gostei de vos ver e de estar convosco.


Abílio Nogueira, Facas, Luis Marques e Miguel



Brinde ao Zé Paiva (de costas o António Moita)

O mesmo brinde à memória do Zé Paiva

Margalho e Zé Veiga

"Tino", Girão e Margalho (mas estes estão em todas?)


Luís Marques, Cristina (de costas) Martins Correia e Fernando Valente)

Filipe Silva e Margalho


António Moita, Manuela Brazão e Manuel Brazão - Em segundo plano o Cabral

Eduardo Veiga


Matão, Facas Filipe Silva e Eduardo Veiga

Girão e Abílio Nogueira


Manuel Brazão a discursar

Cabral, Margalho, António Moita, Constantino e Margalho




Girão, Constantino e Margalho

Girão e Margalho

"Tino", Girão e Margalho






BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72

BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72
conduta brava e em tudo distinta