quinta-feira, 30 de agosto de 2012

APELO AO 4611

(Por Fernando Moreira)




Apesar do trabalho com a história do 4611/72 ainda não ter terminado, longe disso, entrou-se na fase um pouco complicada que é a de formatar páginas e inserir fotos.
E é disso que vos venho dar notícia hoje, pedindo uma ajuda da vossa parte.
Graças à colaboração de alguns camaradas que disponibilizaram as fotos dos seus álbuns para este trabalho ainda faltam algumas de outros locais que ainda não foi possível conseguir, passo a referir;

- Destacamento do Calai ( CCS ) - Apenas uma foto em que está o Luís Marques e o Raposo em cima de uma viatura.
Recorda-se que a CCS assegurou permanentemente, durante o tempo em que esteve no Cuando Cubango, M’Pupa, um destacamento no Calai.

 - Destacamento do Luengue ( 2ª.CCa )    - Nenhuma foto até agora.
A 2ª. Companhia também assegurou um destacamento no Luengue durante o tempo em que esteve aquartelada na Coutada do Mucusso.

- Aquartelamento das Mabubas ( 1ª.CCa ) - Nenhuma foto até agora

Local cuja defesa foi assegurada pela 1ª. Companhia no Subsector do Caxito, e que fornecia energia eléctrica a Luanda.

 - Aquartelamento de Lândana (Temporário 2ª.CCa)- Nenhuma foto até agora

Quando o Batalhão foi para Cabinda a 2ª.CCa esteve inicialmente aquartelada em Lândana, segundo escritos. Há por aí algum registo disto?


- Aquartelamento do N'Tó ( 1ª. CCa ) - Nenhuma foto até agora

Local junto à fronteira Sul onde esteve aquartelada a 1ª. Companhia, que iria ser a primeira a levar com as forças do Mobutu e da FNLA caso se tivesse concretizado a invasão do território de Cabinda.

Peço o favor de verificarem nos vossos álbuns e se tiverem alguma façam o favor de a enviarem para mim ou para o Luis Marques.

Um outro assunto:

- A 3ª. Companhia no Cuando Cubango teve Grupos de Combate destacados em duas Bases Tácticas; Cuebe em Outubro de 1973 e Munhona em Novembro de 1973 para apoio de Engenharia, na abertura de estradas. E as outras companhias? Estiveram envolvidas em algum destacamento semelhante?

Agradecemos toda e qualquer ajuda que possam disponibilizar.

 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

FERNANDO NORBERTO SANTOS - "O PINTAS"


(Por Luis Marques)

                                                         Ele assim como veio partiu, não se sabe para onde,
                                                                        E deixou nosso olhar cada dia mais longe
                                                                              Chico Buarque (adaptado)

 
A vida muitas vezes dá-nos punhadas no peito que no causam imensa dor…
Há escassos oito meses atrás, os nossos corações encheram-se de alegria. O Norberto Salvador dos Santos, para todos nós “O Pintas”, encontrou-nos ao fim de 37 anos de ausência.
O seu filho Rui Pedro, em incansável busca pela internet, deu com o blogue do Batalhão de Caçadores 4611/72 e o “Pintas” não cabia em si de contente por ao fim destes anos todos ter encontrado os seus antigos camaradas de armas. Na altura falei com ele e o Norberto deixou transparecer abertamente a alegria que lhe ia no coração. Disse-me que naquela altura o seu maior desejo era reencontrar todos os seus amigos e desde logo disse presente ao próximo convívio da C.C.S. em novembro próximo “nem que fosse no fim do mundo” (ver www.forum4611.blogspot.pt/search?updated-max=2011-12-08T17:13:00Z&max-results=100&start=7&by-date=false )
Mas, infelizmente, a vida pregou-nos a todos uma partida. O Norberto faleceu no passado dia 24 deste mês, vítima de doença implacável.
Das etapas da sua vida, não conseguiu completar a última: confraternizar com os seus amigos, os seus antigos camaradas que com ele viveram dois anos em terras de Angola, entre bons e maus momentos. Dos bons momentos que todos recordamos, alguns foram originados pelo “Pintas”. Por esses bons momentos, muito obrigado, Norberto.
 
 
No passado dia 9 de Agosto visitei-o no hospital onde se encontrava internado em Lisboa e falei com ele. O seu estado de saúde, muito débil, não me deu a certeza de me ter reconhecido. Contei-lhe algumas coisas sobre o pessoal da C.C.S. e apenas me respondia com acenos de cabeça. No final pedi-lhe para me apertar a mão com força, o que ele fez, mostrando ainda possuir alguma energia e fez-me acreditar que me tinha reconhecido, e me reconfortou, dentro do possível.
Do “Pintas” resta-nos uma enorme saudade. Uma desmedida saudade daquele que, sendo mais velho que nós, parecia um “puto” de 10 anos, a saltitar de lugar em lugar, como um pardal de telhado… Não te ouviremos mais cantar o fado, como tu tão bem sabias cantar.
Talvez um dia, num sítio que apenas imaginamos existir, te possamos ouvir de novo…
“Pintas”, estejas onde estiveres recebe um grande abraço de todos nós.
O "Pintas" em foto recente

BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72

BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72
conduta brava e em tudo distinta