Há minutos recebi
uma notícia que embora já esperada há alguns dias teve o efeito de uma notícia imprevista
e terrífica.
O Carlos Rocha
telefonou-me informando-me que o António Joaquim Castro, o “Fafe”, como era
conhecido entre nós, acabara de falecer.
Era sabido que
o estado de saúde do Castro se estava a degradar lentamente nos últimos anos.
Ele, que
sempre fora presença assídua nos convívios anuais da C.C.S., deixara de marcar
a sua presença desde há três anos atrás.
Quando se
perguntava por ele, invariavelmente ouvia-se a mesma resposta: “O Castro está
doente, não pode vir…”.
É a inexorável
lei da vida. Um dia a maioria de nós também não poderá ir aos convívios ou
encontrar-se com os amigos, porque “está doente”. Então sentiremos saudades das
conversas que tivemos, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos risos,
das lágrimas e dos momentos que partilhámos...
Teremos saudades até dos momentos de
angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim, da camaradagem
vivida.
Um dia os nossos netos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E isso vai magoar tanto… Foram meus amigos, foi com eles que vivi os alguns dos melhores e dos piores momentos da minha juventude. É com eles que todos nós nos vamos tornando cada vez mais velhos e vamos olhando para trás com a saudade a crescer dentro de nós.
O Castro no convívio de Rio Maior, em Novembro de 2008, no papel de "Miss M'pupa" |
Então a saudade vai apertar bem dentro do nosso peito. Vamos ter vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto, reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos.
Castro, descansa em paz camarada.