terça-feira, 6 de novembro de 2012

XIII CONVÍVIO ANUAL DA C.C.S. DO BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/1972 - 2ª PARTE

(POR LUÍS MARQUES - FOTOS DE JOSÉ MANUEL FRANCÊS)

 
"Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
uma lembrança para mim"
Tanto Mar, Chico Buarque (adaptado)

 

O XIII encontro anual da C.C.S. – dizia-se – era muito longe. Quase “nas Terras do Fim do Mundo”, junto à raia de Espanha e bem próximo de Trás-os-Montes.

O XIII encontro anual da C.C.S. realizou-se na bela vila de Figueira de Castelo Rodrigo, na extrema da Beira Alta, paredes meias com a província espanhola de Salamanca e com a portuguesíssima província de Trás-os-Montes.

Teve a organização do Quim Raposo, beirão dos sete costados, nado e criado na vizinha freguesia de Escalhão, a meio caminho entre Figueira de Castelo Rodrigo e Barca d’Alva.

Contudo a lonjura de Figueira de Castelo Rodrigo relativamente aos principais centros urbanos de Portugal, não demoveu os “bravos do pelotão” da C.C.S. e respetivas famílias de percorrem centenas de quilómetros para dizerem presente ao convívio.

Talvez tenha para isso contribuído o facto de convívio ser organizado pelo Quim Raposo, já conhecido pela qualidade patenteada na organização de vários encontros dos antigos furriéis da C.C.S. ao longo de vários anos, pois estas “coisas” vão-se sabendo… Talvez tenha sido a vontade de conhecer essa vila localizada em Terras de Ribacoa de vastas paisagens, planaltos, fortalezas (castelos), aldeias medievais, junto ao vale do Coa e nos contrafortes da majestosa Serra da Marofa… Talvez as duas coisas juntas…

Tenha sido por qualquer destas razões, ou por todas elas em conjunto ou qualquer outra, o certo é que o XIII encontro anual da C.C.S. do Batalhão de Caçadores 4611/72, foi dos mais participados dos últimos anos. Com exceção dos primeiros convívios organizados, este foi certamente um dos que contou com uma participação mais forte. E os mais pessimistas não lhe auguravam forte adesão, tendo em conta os dias perturbados que presentemente atravessamos, por causa da austeridade que hoje subsiste connosco.

Mais: houve gente que não se limitou a estar presente no dia 3 de Novembro, o dia do convívio. Partiram dias antes a caminho de Figueira de Castelo Rodrigo e só de lá saíram no dia 4, domingo, depois do rescaldo do convívio. Outros, por sugestão do próprio Quim Raposo, fizeram a sua viagem de comboio desde a cidade do Porto (Campanhã), até ao Pocinho, onde um transporte, gentilmente cedido pela Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, os foi buscar e no domingo, dia 4, os levou de regresso. Para estes, foi uma oportunidade de viajarem ao longo do rio Douro e apreciar as suas belas paisagens; uma forma diferente e agradável de chegarem até à bela vila raiana. Uma saudação especial merecem as gentes vindas do Algarve, que praticamente atravessaram Portugal de sul a norte para estarem presentes no convívio.

A viagem de comboio de Capanhã até ao Pocinho


Celeste e Jaime Ferreira


Roriz


Paraíso


Arsénio


Magalhães e Zé Francês


As belas paisagens do rio Douro


Um Quinta nas margens do rio Douro
 


O Douro sempre a surpreender em cada curva

Esta gente não tem saudades da guerra. Não é para isso que se organizam estes convívios de ex-militares; esta gente tem saudade dos seus amigos. Companheiros de uma longa jornada por terras de Angola, nos melhores tempos da nossa mocidade.

A concentração das tropas
 
Oliveira, José Oliveira, Brito, Sousa e Percheiro


Sousa, Magalhães e Percheiro


Carlos Rocha, Luís Marques, Novo e Rodrigues


Santos, Carvalheira, Agostinho e Magalhães


Agostinho, Soares Luís Marques Sousa e Carvalheira


Agostinho Carlos Rocha, Luís Marques,Sousa, Soares e Carvalheira


Brito, Carloto e Oliveira


Luis Marques, Rodrigues e Oliveira

Quanto ao convívio, à festa propriamente dita, posso dizer que não podia ter corrido melhor.
A começar pelas entradas, como os bons enchidos, o saboroso presunto, os queijos e doces da região, a boa amêndoa das terras de Ribacoa, continuando com os muito bem confecionadas refeições que nos foram servidas ao almoço e ao jantar.

Os comes e bebes














Como facto bem elucidativo da excelência do convívio, basta dizer que já passava das 22 horas quando alguns dos presentes, com grande pena sua, tiveram de rumar aos seus destinos, tendo em atenção a distância que ainda tinham de percorrer na viagem de regresso. 

A banda que animou o convívio - à esquerda o Sr. Manuel "pau para toda a obra"

O convívio porém continuou para aqueles que decidiram passar a noite no vila e muitos foram. Assim, no domingo, dia 4, o Quim organizou um passeio pela zona do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, com visita a alguns dos locais de maior interesse, Destaque para a paragem no miradouro do Alto da Sapinha, onde a vista se perde na imensidão da paisagem e de onde de pode observar, deste a extrema do distrito da Beira Baixa, os montes da vizinha Espanha (província de Salamanca) e as terras altas de Trás-os-Montes. Três províncias (duas portuguesas e uma espanhola) ao alcance de um simples olhar.

Por último quero deixar um agradecimento muito especial ao presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo por ter disponibilizado uma viatura que para além de garantir o transporte das pessoas que fizeram a viagem de comboio de e para o Pocinho, também nos acompanhou no passeio turístico de domingo de manhã. Um outro agradecimento para o Sr. Manuel, que para além de conduzir a carrinha nos citados percursos, ainda nos acompanhou na festa que se seguiu ao almoço de sábado, atuando na banda que nos brindou com excelente música não só para os mais capazes dançarem, como para os restantes ouvirem e apreciarem.

O Passeio de Domingo


Em Escalhão


A Igreja Matriz de Escaçhão


A soberba vista do Alto da Sapinha (do lado de cá o final da Beira Alta. à direita a provícia espanhola de Salamanca, em frente, a província de Trá-os-Montea. Ema baixo à direita o Rio Águeda que vais desaguar no rio Douro que se vê no fundo do vale)

 
E assim terminou o XIII encontro anual da C.C.S. do Batalhão de Caçadores 4611/72. O próximo, o XIV, já tem lugar marcado. Será na zona de Setúbal e contará com a organização do Mariano e do Carloto.

3 comentários:

Agostinho Margalho disse...

Luis estive a ver hoje as fotos do vosso convivio muitos parabens pelo que pude ver correu tudo as mil maravilhas e disto que nos orecisamos para manter vivo o 4611um grande abraço deo amigo Margalho

José Manuel Francês disse...

O comentário que o Margalho nos enviou é prova do verdadeiro espírito que nos une! A todos que tiveram a honra de pertencer ao Bat Caç 4611/72 !!
O Convivio em Figueira Castelo Rodrigo, não podia ter sido melhor!
Até a chuva fez algumas pausas que nos permitiram desfrutar um pouco mais do ar puro que naquela região nobre se respira.
Sinceramente temia que a distância e a situação económica atual fossem impeditivos de uma maior participação.
Não sei se estivemos mais ou menos do que nos anteriores convivios... estivemos os que quisemos estar e que continuam a vibrar, e de que forma, com o prazer do reencontro anual.
De tal modo é forte este nobre sentimento da amizade que nos une, que uma semana passada, ao falar telefonicamente com alguns dos participantes ainda se podia sentir a vibração dos nossos corações, e sobretudo já a saudade do momento.
Certos de que chegaremos,muitos de nós, em condições de participar da mesma forma no próximo convivio em Novembro 2013 na capital do Sado, iniciemos pois a contagem decrescente com alegria e esperança de que poderemos estar todos presentes na festa da fraternidade que realizamos anualmente.
Parabéns ao Quim Raposo! Sempre como ele sabe e bem fazer ! Parabéns à preciosa ajuda do Carlos Rocha,também ele motor e alma destas realizações.
Quanto a mim, fico feliz sempre, pela alegria que sinto de ter valido a pena há treze anos, ter iniciado a procura dos camaradas espalhados por este Portugal inteiro e ter conseguido juntá-los num primeiro convivio regular ...
Não poderemos parar !

Abraços

Luís Marques disse...

Depois daquilo que escrevi sobre o XIII Convívio da C.C.S. da Batalhão de Caçadores 4611/72 e do comentário do Zé Manel Francês, pouco tenho a acrescentar, senão agradecer ao Quim Raposo, uma vez mais, pois já o fiz pessoalmente, todo o seu empenho na organização do convívio, uma velha aspiração sua e cujo resultado final não é de elogiar fortemente.
Também um bem-haja aos dois camaradas que foram encasáveis nos esforços feitos para que este convívio contasse com o maior número possível de participante. Refiro-me ao Carlos Rocha e ao Zé Francês (a ordem é perfeitamente indiferente). Sem eles e sem o seu trabalho, este memorável encontro contaria, infelizmente, com uma menor participação.
Corrigindo o que o Zé diz no seu comentário, não estiveram no convívio “os que quisemos estar e que continuam a vibrar, e de que forma, com o prazer do reencontro anual”. Alguns dos nossos amigos quereriam estar presentes – eu sei disso e tu Zé também – mas a vida não lhes deu (dá) possibilidades e cumprirem o seu desejo.
Um abraço a todos e mais uma vez o meu bem hajam!

BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72

BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72
conduta brava e em tudo distinta