terça-feira, 26 de maio de 2015

XVI CONVÍVIO ANUAL DA 1ª COMPANHIA DO BAT. CAÇ 4611/72

(Por António Geirinhas)

A propósito do XVI Convívio anual da 1ª Companhia do Batalhão de Caçadores 4611/72 (ver "post" anterior) a realizar no próximo dia 20 de Junho em Santiago do Cacém, o António Geirinhas, organizador do evento, compilou um breve resumo da história desta cidade e dos seus locais de maior interesse e que segundo a sua opinião merecem ser visitados e conhecidos.
Assim, aqueles que preferirem ir de véspera, ou mesmo passar o dia de domingo naquela região, têm aqui um óptimo guia para os ajudar a explorar os pontos de maior interesse e uma súmula da sua já milenar história.
Esse trabalho, cuja leitura recomendo, aqui fica:

Santiago do Cacém



Breve História


Dotada de uma localização geográfica estratégica, as populações humanas procuraram, desde épocas remotas, esta região para se estabelecer. As escavações efectuadas no Castelo Velho, onde se situam as ruínas romanas de Miróbriga, demonstram que a região foi habitada desde a Pré-história.


Originariamente povoado pré-celta, aglomerado urbano celta, foi romanizado até ao período pós-imperial, mais concretamente desde o séc. I a.C. até ao séc. V d.C. Apesar de durante a época céltica já existirem relações com outros povos peninsulares, concretamente a sul, foi com os Romanos que o quotidiano do povoado foi revitalizado, tornando-se inclusive a principal cidade romana da costa ocidental a sul do Tejo. Salatia Imperatoria ou Mirobriga Celtici (os estudiosos dividem-se na designação) possuía um fórum com o seu templo, imponentes termas ou balneários e (a 1 km de distância) o único hipódromo romano conhecido em Portugal.



Terá sido por volta de 712 e já após o declínio de Miróbriga que os mouros atingiram o território, edificando o castelo na colina defronte; pensa-se inclusivamente que o nome Kassem estará ligado ao alcaide mouro. A ocupação moura prolongou-se até ao séc. XII e muitas batalhas pela reconquista se travaram no território até que, em 1217, voltou definitivamente à posse dos cristãos, tendo D. Afonso II confirmado a doação de seu pai à Ordem dos Espatários.
O burgo medieval de Sant'Iago de Kassem era já de grande importância no séc. XIII, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria . Já considerada oficialmente vila em 1186, recebeu a sua primeira carta de foral, por ordem do rei D. Dinis. Entre 1315 e 1336, por doação de D. Dinis, a vila e o castelo passaram a pertencer à princesa D.ª Vetácia, aia e amiga da rainha Santa Isabel, tendo regressado à Ordem de Santiago após a morte da sua proprietária. O primeiro comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha. Em 1383-85, Sant' Iago de Kassem toma voz através do Mestre de Aviz, pelos interesses nacionais, contra a submissão ao estrangeiro.
Santiago do Cacém tornou-se sede de concelho em 1512, data em que lhe foi concedida por D. Manuel I a carta de foral. Em 1594, a vila e o castelo foram doados por D. Filipe II aos Duques de Aveiro. Em 1759, passou a pertencer à Coroa e, em 1832, definitivamente ao Estado. Do concelho fizeram parte as freguesias de Santa Catarina do Vale, Melides, Vila Nova de Milfontes e a actual cidade de Sines, autónoma a partir de 1834. Actualmente tem 11 freguesias, incluindo a histórica vila de Alvalade, detentora de foral manuelino.
 O concelho afirmou-se destacadamente na região durante as invasões francesas, considerado ponto estratégico de defesa do Alentejo.
No séc. XIX,  Santiago do Cacém era uma pequena corte, onde os senhores da terra praticavam o luxo e a ostentação. As opulentas casas dos condes do Bracial, de La Cerda, de Beja, do capitão-mor, dos condes de Avillez, Fonseca Achaiolli e outras dominavam a vila e outras terras alentejanas. Neste período de desenvolvimento económico, a par de técnicas inovadoras de exploração agro-pecuária (cereais, frutas e cortiça, fundamentalmente, e gado cavalar, muar, asinino, bovino, ovino, caprino, suíno), desenvolveu-se também a indústria e o comércio (cortiça, serralharia, moagem, etc.). Após 40 anos de estagnação, o concelho conheceu na década de 70 uma nova fase de expansão urbana, a maior de sempre, mas agora planeada e ordenada.



Alguns dos Locais a visitar em Santiago do Cacém

Vista do alto do castelo e da igreja matriz assim como do Passeio das Romeirinhas a paisagem que rodeia Santiago é deslumbrante. No interior da igreja, reconstruída após o terramoto de 1755, integra elementos do templo anterior, gótico, mandado construir pela Ordem de Sant´Iago da Espada. 




Museu Municipal



Localizado na Praça do Município, mesmo em frente à Câmara Municipal, e tendo de permeio o jardim público, o Museu está instalado, desde 1972, no edifício que outrora foi Cadeia Comarcã.

Costa de Santo André e Lagoa



Esta zona costeira caracteriza-se pelos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos influenciados, pelas águas doces e salobras, incluindo pequenas áreas de sapal, salgueirais, caniçais, juncais, urzais palustres e pastagens húmidas. 

Badoka Park



O Badoca Park é um local único em Portugal, situado no Concelho de Santiago do Cacém, onde poderá encontrar, várias espécies de animais selvagens e, outras, que fazem a delicia dos inúmeros visitantes, de todas as idades.
É um parque temático, cuja missão é oferecer a alegria e magia de África e contribuir para a conservação da vida selvagem.

Recria-se a magia do Continente Africano, oferecendo aos visitantes momentos inesquecíveis, num contacto com a natureza e com os animais selvagens em plena liberdade.

António Geirinhas

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BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72

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conduta brava e em tudo distinta