Por João Carlos Almeida Rodrigues
No passado dia 17 de Junho
realizou-se o XVIII Convívio Anual da 1.ª Companhia do Batalhão de Caçadores 4611/72, cuja organização
esteve a cargo do ex-furriel Agostinho Soares, tendo decorrido na cidade
nortenha da Maia, situada a cerca de 10 km a Norte da cidade do Porto.
Este ano compareceram 32
ex-Militares que, como tem sido hábito, se fizeram acompanhar por familiares e
amigos. Em relação à foto do grupo regista-se uma discrepância em virtude de
alguns só se associaram no local do almoço. No total as presenças rondaram as
sete dezenas. É de realçar o fato de, ao fim de tantos anos, ainda haver alguém
que seja estreante neste evento anual. Pena que outros não sigam o exemplo!
Para além dos da 1.ª Companhia
estiveram presentes os ex-furriéis Luís Marques, que era da CCS e é o autor do
blogue forum 4611, e o Manuel Trigo que era do Pelotão de Canhões e com quem
coabitámos o mesmo aquartelamento em Cabinda.
A concentração, atendendo ao calor
que se fazia sentir, acabou por ser alterada para a entrada do Complexo
Desportivo da Maia, à sombra de frondosas árvores.
Após breve explicação sobre as
Instalações Desportivas proferidas pelo Prof. Paulo Queirós, que foi o nosso
guia nesta parte da visita, deu-se início ao percurso. De salientar que
neste dia decorria um encontro de praticantes de Karate cujo número de
participantes rondava os 1500.
Depois de passarmos por pavilhões de
Ginástica, cortes de Ténis com cobertura amovível, pistas de Atletismo, campos
de Futebol, etc., acabámos por ir ter à Pr. Prof. Dr.
José Vieira de Carvalho, onde está a estátua do Lidador – em
homenagem ao cavaleiro Gonçalo Mendes da Maia -, defronte da “TORRE DO LIDADOR” , onde
funcionam os serviços da CÂMARA MUNICIPAL
DA MAIA.
Foi no átrio desse edifício, e
aproveitando a temperatura fresquinha que se fazia sentir no seu interior, que
se fizeram as fotografias em grupo. Em seguida, a quase totalidade
dos veraneantes não regateou uma subida até ao terraço, situado a mais de 90
mts de altura, de onde puderam apreciar grande parte do Concelho. Outros não vacilaram
e palmilharam os últimos 50 degraus, visto não haver elevador até lá, para apreciar do miradouro panorâmico toda a vista em redor, apesar do calor que lá se fazia sentir.
No final, a guia que nos acompanhou
durante a visita à CMM não se coibiu de nos explicar o que representavam os
quadros que estão expostos no átrio do edifício .
Findas as visitas cada um partiu na
direcção do local onde tinha deixado a respectiva viatura, pois
ainda tínhamos alguns quilómetros a percorrer até chegar ao Restaurante SABORES
de PRATA, situado na localidade de MILHEIRÓ - MAIA. Atendendo a que as
encruzilhadas nas estradas municipais são muitas, e apesar das explicações
dadas pelo Agostinho Soares, vários foram aqueles que, momentaneamente, se
sentiram perdidos.
Ali chegados logo o Alves, à
semelhança do que faz ano após ano, logo tratou de identificar quem ali estava.
Há que dar espaço ao tempo musical e
para esse momento peculiar nada melhor do que o camarada Moço, aquele que em
Angola não só cuidou da nossa saúde como preencheu muito dos nossos serões com
belas canções e guitarradas. Hoje está acompanhado pela sua esposa e
foi a ela que coube abrir a sessão com a bela interpretação de um fado.
Silêncio que se vai cantar o fado! Ora um ora outro e, num dos
momentos, o Lima Gomes, lá foram recordando os tempos de outrora. Enquanto uns
estão com a atenção mais focada na música,
outros, em conversas marginais, recordam um ou outro momento vivido na situação
militar (Num curto intervalo do momento
musical o Rodrigues e o Luís Marques fizeram a divulgação de uma publicação onde consta a constituição de cada companhia, os lugares onde cada
uma delas esteve aquartelada e, de uma forma
muito sucinta, um registo das operacões que cada uma realizou. A apresentação
desta brochura suscitou a atenção por parte daqueles a quem
diz respeito . O único exemplar presente resultou de uma impressão já
efectuada pela CCS esperando-se que as outras Companhias sigam o exemplo.
E siga a música!
O tempo voou! Começam os
preparativos para o “encerramento”, ou seja, dar uma garfada no “Bolo da
Companhia” acompanhada de champanhe .
No pensamento de cada um adivinha-se o
que vai: “E que para o ano haja mais!”
Depois, mesmo sem o toque de
“Destroçar”, outrora habilmente executado pelo corneteiro, individualmente ou
em pequenos grupos lá vão abandonando o local da Confraternização, em direcção
do transporte que os há-de levar de regresso a casa. Mas até lá, e como já vai
sendo hábito, o tema da conversa continuará o mesmo: “A guerra de cada um”.
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