“Entre amigos tudo deve ser comum, especialmente os amigos.”
Teofrasto
Teofrasto
Pensei em contar uma história que metesse crianças e heróis, amizades interrompidas, e que terminaria com a citação de um outro Fernando que escreveu um dia algo como;
“O homem sonha, Deus quer e a obra nasce”
E ao fim e ao cabo tudo se resume a esta simplicidade, a sonhos e ao querer. Sonhos e querer que se materializaram no passado sábado dia 23 de Maio quando ao final de 35 anos consegui voltar ao convívio dos meus heróis de menino e de amizades que se mantinham e não estavam interrompidas, pois eu voltara a ser o Muano de 12 anos e eles os jovens de vinte e poucos.
Conversando com eles e observando-os dei por mim a pensar que estes meus heróis não o eram por terem arrasado com os índios que havia na paisagem, não o eram por terem conquistado cidades, as suas medalhas, aquelas que orgulhosamente ainda ostentam no seu peito são as amizades que contraíram com os seus camaradas de jornada e que ainda hoje mantêm polidas, brilhantes e que orgulhosamente exibem quando passam o braço pelo ombro do seu camarada e se lembram de M´pupa, Serpa Pinto, Fazenda Tentativa, Tabi, Cabinda e Lucola, ou quando, como me referia o Elias em conversa, o diálogo se faz de silêncios. Tudo fez parte... tudo é cumplicidade.
E regressando aos meus pensamentos, no rescaldo da “Operação” dei por mim a pensar que foi decerto isto que me atraiu nesta tropa, estes valores, esta amizade que ainda hoje mantêm viva, este facho que rodam perpetuamente entre eles de modo a alimentá-lo com o seu calor e que decerto se manterá vivo enquanto houver um que o possa fazer.
Mas também queria deixar registo de que o passado dia 23 será mais uma marca na minha árvore de vida, será um entalhe no lado feliz do meu embondeiro, pois regressar ao vosso convívio era algo que até há pouco tempo atrás nada faria supor que tal pudesse acontecer em tão pouco espaço de tempo. Graças em parte ao Fórum do Batalhão 4611, mantido pelo Luis Marques e à disponibilidade do Facas em se ter chegado à frente para organizar o encontro no seu “Kimbo”.
No regresso passei por casa da minha mãe e ao mostrar-lhe as fotos, “ela estava em pulgas”, como podem imaginar, exclamou: “Também estão a ficar velhotes!”
Entendam isto como um elogio...
E aqui estamos, as fotos falam por si, as legendas são só para referência mas gostava ainda de vos dizer que a prioridade hoje continua a ser a de não deixar ficar ninguém para trás, este foi o aperitivo, vamos a ver se em Novembro conseguimos pôr uma companhia a dar um passo em frente e a afirmarem-se presentes! Nem que seja ao som de uma “cornetada” do Silva.
“Conduta Brava e em tudo Distinta” creio que continua a ser o lema que norteia as várias batalhas que se apresentam na vossa vida.
“O homem sonha, Deus quer e a obra nasce”
E ao fim e ao cabo tudo se resume a esta simplicidade, a sonhos e ao querer. Sonhos e querer que se materializaram no passado sábado dia 23 de Maio quando ao final de 35 anos consegui voltar ao convívio dos meus heróis de menino e de amizades que se mantinham e não estavam interrompidas, pois eu voltara a ser o Muano de 12 anos e eles os jovens de vinte e poucos.
Conversando com eles e observando-os dei por mim a pensar que estes meus heróis não o eram por terem arrasado com os índios que havia na paisagem, não o eram por terem conquistado cidades, as suas medalhas, aquelas que orgulhosamente ainda ostentam no seu peito são as amizades que contraíram com os seus camaradas de jornada e que ainda hoje mantêm polidas, brilhantes e que orgulhosamente exibem quando passam o braço pelo ombro do seu camarada e se lembram de M´pupa, Serpa Pinto, Fazenda Tentativa, Tabi, Cabinda e Lucola, ou quando, como me referia o Elias em conversa, o diálogo se faz de silêncios. Tudo fez parte... tudo é cumplicidade.
E regressando aos meus pensamentos, no rescaldo da “Operação” dei por mim a pensar que foi decerto isto que me atraiu nesta tropa, estes valores, esta amizade que ainda hoje mantêm viva, este facho que rodam perpetuamente entre eles de modo a alimentá-lo com o seu calor e que decerto se manterá vivo enquanto houver um que o possa fazer.
Mas também queria deixar registo de que o passado dia 23 será mais uma marca na minha árvore de vida, será um entalhe no lado feliz do meu embondeiro, pois regressar ao vosso convívio era algo que até há pouco tempo atrás nada faria supor que tal pudesse acontecer em tão pouco espaço de tempo. Graças em parte ao Fórum do Batalhão 4611, mantido pelo Luis Marques e à disponibilidade do Facas em se ter chegado à frente para organizar o encontro no seu “Kimbo”.
No regresso passei por casa da minha mãe e ao mostrar-lhe as fotos, “ela estava em pulgas”, como podem imaginar, exclamou: “Também estão a ficar velhotes!”
Entendam isto como um elogio...
E aqui estamos, as fotos falam por si, as legendas são só para referência mas gostava ainda de vos dizer que a prioridade hoje continua a ser a de não deixar ficar ninguém para trás, este foi o aperitivo, vamos a ver se em Novembro conseguimos pôr uma companhia a dar um passo em frente e a afirmarem-se presentes! Nem que seja ao som de uma “cornetada” do Silva.
“Conduta Brava e em tudo Distinta” creio que continua a ser o lema que norteia as várias batalhas que se apresentam na vossa vida.
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Da esquerda para a direita, Figueira, Moita, Facas e Brazão. De costas Silva e Cabral
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Vítor Fernandes
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Vítor Fernandes
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As bonitas filhas do Luís Marques (Filipa e Rita)
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Os primeiros tiros...
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2 comentários:
A ultima foto apresentada neste belo trabalho, que o Fernando Moreira nos envia, representa tudo o que é a verdadeira Amizade.
Um só abraço ! Um só sentir !
Pouco importa o tempo, a distância que nos vai separando, porque o nosso sentir é fraterno !
Que este tenha sido o primeiro dos encontros e reencontros que congregam não apenas pessoal de uma companhia, mas todos os que sintam verdadeiramente este espirito.
Bem hajas Fernando, por teres despoletado tudo isto.
Não me cansarei nunca de repetir que o Blogue está a cumprir os seus designios !
“Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim...”
As palavras são de Chico Buarque de Holanda escritas para uma linda melodia de Sivuca, “João e Maria”.
A canção fala do fim dos sonhos de criança, com os seus heróis e os seus vilões e a por vezes dura chegada à vida real, onde não há mais lugar para esses heróis de juventude.
Felizmente, com o Fernando o “faz de conta”, ou se preferirmos, os encantamentos da sua juventude continuam após 35 anos, não terminaram lá longe no tempo e no espaço.
Poder rever e conviver com os seus “heróis” de 1974 deve ter sido fantástico...
Para aqueles a quem ele chama “seus heróis” foi certamente!
E o melhor é que a história vai continuar e já se advinham novas aventuras para continuar o sonho...
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