terça-feira, 23 de junho de 2009

Roça Lucola

(Por Fernando Moreira)


No Turbilhão (Excerto)

"No meu sonho desfilam as visões,
Espectros dos meus próprios pensamentos,
Como um bando levado pelos ventos,
Arrebatado em vastos turbilhões...

N'uma espiral, de estranhas contorções,
E d'onde saem gritos e lamentos,
Vejo-os passar, em grupos nevoentos,
Distingo-lhes, a espaços, as feições..."
/…/
Antero de Quental, in "Sonetos"


Com mais este trabalho trazemos à memória um dos últimos locais onde a 3ª. Companhia esteve aquartelada, Cabinda, Roça Lucola, 1974.
Esta roça produzia em 1974; café, cacau, palmar e seus derivados, algodão, banana, estas já produzidas em sistema de curvas de nível e madeira para exportação. Neste ano aconteceu um “boom” na recolha de café pelo que literalmente se podia afirmar que havia café por todo o lado, como poderá ainda ser recordado pelos que lá estiveram.
As toneladas que ficaram já descascadas e embaladas foram embarcadas para Cuba.As fotos deste álbum são de são de Duarte, Moita, Girão, Fernandes, Silva e Moreira


Fase da secagem do café


Vista a partir da casa dos oficiais

Pormenor do terreiro de secagem

Outro pormenor do terreiro com o café a secar


Casa dos furrieís e enfermaria

Outro pormenor da secagem do café

Mamoeiros na Roça Lucola

Pormenor do refeitório da 3ª Companhia na Roça Lucola


Casa dos oficiais

Mais café e a casa da roça ao fundo

Foto da praxe

Aspecto do aquartelamento

A Parada

Pelotão posado para a foto

Casa da Roça Lucola. Ao fundo a casa dos oficiais

O macaco Hondini

Vista geral do aquartelamento

Varanda da casa dos furriéis. Facas e Moita

Hora do rancho

Cabral, Girão, Nogueira e Constantino. Em pé o Brazão

Toneladas de café, mais tarde embarcadas para Cuba

2 comentários:

José M Francês disse...

Mais uma vez o Fernando, com a ajuda dos Camaradas citados, nos conduz ao saudosismo dos tempos idos.
Imagino, que para quem viveu na altura os trabalhos da secagem e não só, que o café necessitava, sentirá agora o "cheirinho" ...
Imagino sobretudo a "dor" do Fernando ! Quem viveu com a sua Familia toda uma vida na labuta da sua roça, ver terminar tudo , da forma como aconteceu... deve custar muito, ainda hoje !
Que a alegria das nossas partilhas te ajude a amenizar a saudade desses tempos.
Aceita um abraço solidário!

fmoreira disse...

Podes crer que o rencontrar-vos me trouxe de novo um pouco do que foi o meu mundo. E se eu fui feliz nesse mundo. Claro que aceito o teu abraço, obrigado.

BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72

BATALHÃO DE CAÇADORES 4611/72
conduta brava e em tudo distinta